Arquivos de Debates

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Sílêncio que assusta





O SILÊNCIO QUE ASSUSTA











◊ Com toda razão, a mídia, em seus diferentes campos de atuação, é considerada o quarto poder. Os outros três são muito bem conhecidos, começando pelo executivo, passando pelo legislativo e terminando com o judiciário. Este quarto poder é o que investiga, divulga, pesquisa e atualiza constantemente o cidadão, dando destaque aos atos importantes dos três primeiros, além de prestar um sem-número de serviços públicos, desde informar as novas descobertas da ciência, até as programações culturais, os assuntos sócio-políticos ou focando e agradando o público feminino com as tendências da moda, da culinária (e as inevitáveis fofocas), ou aumentando o estresse da platéia masculina com o onipresente futebol e, um pouco distanciados, muitos outros esportes, individuais ou coletivos. Há milhares de cadernos, canais, estações de rádio e outros para quase todo tipo de ser humano. Com certeza, utilizando cada vez mais recursos moderníssimos, tecnologias de última geração, imagens de todos os ângulos, aquela câmera lenta que desvenda detalhes, outrora imperceptíveis num determinado lance, ou que coloca a cena da tela bem no nosso colo, como no caso da 3D; é assim possível entreter cada vez melhor o assinante, aquele indivíduo que deseja espairecer, relaxar, torcer, esquecer um pouco a dura realidade do mundo em que vivemos.
◊ No entanto, infelizmente, o aspecto essencial, o alimento, a informação de que realmente necessitamos em nossa caminhada, nos é negado rigorosa e pontualmente. Poderá ser que este poder esteja dependendo por demais dos outros três... Talvez encontre-se de rabo preso, perdendo sua cristalinidade, sua transparência, seu espírito de busca incessante pela verdade. Parece mesmo que já está acomodado, que as polpudas verbas de publicidade – pública e privada –, limitaram sua agilidade, acuidade, ética e, assim, o serviço ao público virou serviço ao poder público (e privado).
◊ Não entrarei aqui no mérito da qualidade dos programas exibidos na TV, na superficialidade, na inutilidade de certas revistas ou na violência servida a toda hora e lugar, ao medo que é espalhado no éter e que contamina quem lê jornais, assiste TV ou ouve rádio.
◊ O que realmente incomoda, o que assusta mesmo é o silêncio, o descaso, a ausência, a invisibilidade. Refiro-me aqui a uma infinidade de assuntos, de técnicas, de recursos disponíveis na Natureza para ajudar a Humanidade em sua caminhada, algo que teimosamente a maioria dos meios, inclusive os que assino regularmente há décadas, insiste em ignorar.
◊ Histórias de superação, de altruísmo, de almas nobres, despertas, compassivas não fazem parte da pauta. Divulgar o sucesso comprovado em estudos de caso de técnicas não invasivas, das terapias espirituais, das curas à distância, da eficácia do perdão ou da EFT, da terapia regressiva, das constelações familiares, das essências florais, da fitoterapia, e de um sem-número de outras aliadas, é praticamente proibido.
◊ Assim, somos todos reféns – como o é o governo – dos laboratórios farmacêuticos, de multinacionais poderosas da indústria alimentícia, de bebidas, de fast-food, que despejam, em nossos corpos, remédios com efeitos colaterais letais, hormônios e fertilizantes; flúor, lítio, alimentos geneticamente modificados, gorduras trans em quantidades absurdas e prejudiciais à saúde.
◊ Imagino que agora pensas que eu surtei, certo? Isso decerto te parece futilidade, contudo é este o ponto, caríssimos. Se questões comprovadas pela ciência não são veiculadas pelas mídia, vais querer que informem ao povo sobre a profundidade de temas mais simples como a corrupção de todos nos dias atuais?
◊ Alôô!... Acorda!
◊ O problema reside no fato de agirmos como se o assunto não fosse importante, que não é da nossa conta, que somos poucos e fracos, que a coisa é grande demais... Que nada podemos modificar... Até quando deixaremos, por exemplo, que os nossos representantes políticos – eleitos através do processo eleitoral – fiquem impunemente agindo sem defender os nossos direitos?
◊ Precisamos urgentemente começar a fazer nossa parte.
◊ Quando precisamos reclamar de algo no Judiciário, necessário se faz contratar um advogado ou defensor público, não é? Estes, então, são tidos como nossos representantes judiciais. Precisam de um instrumento para agir em nosso nome: Procuração.
◊ A questão básica é que, quando achamos que estes não estão nos defendendo direito, arrumamos outro. Então, por quê não agimos igual no que tange ao processo eleitoral?... Será que realmente gostamos de receber, ao final do mês, R$545,00 (quinhentos e   quarenta e cinco reais) ao passo que nossos representantes recebem mais de R$20.000,00 (vinte mil reais) entre salário e mordomias?
◊ Quem pode mais: o patrão ou o empregado?
◊ Quando, finalmente, começaremos a nos posicionar de forma totalmente consciente, conhecendo e valorizando nossos direitos, evitando quando possível o desinteresse tão comum nas pessoas de instrução elevada, mas de alienação política extremada?
◊ Será, realmente, difícil entender que a decisão irresponsável de um interfere na entrega de direitos e na exigência de deveres de outrem?... Não acredito que seja necessária a exigência de sacrifício tamanho para agir com um nível mediano de consciência.
◊ Precisamos ainda fazer e exigir mais, muito mais.
◊ Refiro-me ao descaso, ao desconhecimento do que acontece com teu vizinho, ou mesmo teu amigo.
◊ O cúmulo do desrespeito e da hipocrisia da mídia foi ver a jornalista Fátima Bernardes diante da Escola de Realengo... Faça-me o favor!!!
◊ Por quê este quarto poder não se apresenta para defender o povo?... Estou delirando? Se as grandes mídias são feita para o povo e se o povo paga – mesmo sem saber disso – pela transmissão dos programas, o que falta para fazer o que é certo, o que é justo, o que é legal, mas principalmente, o que é moralmente ético?
◊ Assassinaram Tim Lopes? A Vênus Platinada usou de seus recursos, cobrou alguns favores e prometeu algumas vantagens a muitos para verdadeiramente caçar os assassinos do jornalista... Está errado? Claro que não... O pecado mora ao lado. Ajudar os meus é meu DIREITO, socorrer os outros é meu DEVER. Até que se mudem as leis - já que a Carta Magna deste país é remendada de acordo com a moda partidária -, OMISSÃO é crime.
◊ É obrigatório adentrarmos nas outras dimensões, sem medo, desvendando sua aparente complexidade, aprendendo a navegar sutilmente por entre os planos.
◊ Precisamos cerrar fileiras, assumir nossa força inata, exigir o que é de nosso direito, lutar contra a mentira, a corrupção, a inércia, cobrar das mídias as informações indispensáveis, com pesquisas honestas, profundas, abrangentes e multidisciplinares.
◊ É urgente ainda deixarmos de adquirir produtos nocivos, supérfluos; somos nós que sustentamos essas empresas – cujo objetivo declarado é o lucro máximo a qualquer custo –, que nos consideram meras banalidades estatísticas, que levam em conta quantos celulares temos, quanto e onde gastamos em cartões, ou qual é a marca, modelo e ano de nosso automóvel.
◊ Pode parecer delírio, mas o Universo deseja o nosso comparecimento. A mensagem que intuímos é muito forte e clara. Devemos passar de fase – no Playstation da vida – e realizar com esmero nosso plano original, aquele que juramos cumprir para nós mesmos, nossa família e amigos. Os sinais estão por toda parte. Não há como ignorá-los. Está mais que na hora. Não podemos chegar a fazer como os músicos do Titanic, que ficaram tocando seus instrumentos, como se o navio não estivesse afundando.
◊ É o nosso silêncio que assusta.
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