Arquivos de Debates

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

FELIZ IDADE, BELÉM!!

FELIZ IDADE, BELÉM!!

A minha aldeia é aqui!
Os meus sentidos estão interligados sempre com esse chão...
A minha pele pede constantemente pra sentir o vento que vem do Norte...
A minha família, os meus amigos, meu coração bate forte junto com o coração dessa gente... e é por isso que eu amo essa terra e é por isso que eu vou cantar eternamente com a minha aldeia!
(Lucinha Bastos, cantora paraense)

Comentário MEDIADOR/A
Assino embaixo, dona menina!
São 395 anos de brejeirice, comidas exóticas e um povo que precisa resgatar sua essência sócio-cultural! Mas isso é assunto p'ra outra hora. Agora é o momento de dizer PARABÉNS, BELÉM!
E nada é mais perfeito que dizer isso como os paraenses gostam: com música. Para isso precisamos que a poesia venha nos ajudar a CANTAR a nossa SANTA MARIA DE BELÉM DO GRÃO PARÁ!
Aos que ainda não a conhecem, percebam a letra que descreve os encantos desta terra que hoje amanheceu mais "sábia que toda a ciência da terra" e "mais terra e mais dona do amor" de quem aqui vive, e - principalmente - de quem anda distante.




BOM DIA, BELÉM!
Composição: Edyr Proença/Adalcinda Camarão
Voz: Lucinha Bastos


Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de ausência me acordam
Luando telhados que a chuva cantou
O que é que tens feito
Que estás tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei

Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rêde, meu tamba-tajá
A sesta o sossego da tarde descalça
O sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível na flôr se embrulhando
Com medo das asas do galo cantando
Um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar

Me abraça apertado, que eu venho chegando
Sem sol e sem lua, sem rima e sem mar
Coberta de neve, lavada no pranto
Dos ventos que engolem cidades no ar
Procuro o meu barco de vela azulada
Que foi de panada sumindo sem dó
Procuro a lembrança da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó

Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...